Laboratório de planejamento e avaliação

Ação Formativa aprovada pelo Conselho Municipal de Educação de Araquari em 14 de julho de 2022


Apresentação: O Laboratório de planejamento e avaliação constitui-se como um espaço de experimentação e discussão de teorias e práticas que estejam relacionadas aos modos de compor os planejamentos e os procedimentos avaliativos. Esta ação formativa tem como premissa compreender a avaliação como um modo possível de reorganização do planejamento e suas intencionalidades, ressaltando sua dimensão inclusiva e participativa. O Laboratório de planejamento e avaliação propõe a discussão do planejamento enquanto construção de uma identidade docente no tensionamento com outras identidades que compõem o contexto escolar.



Objetivos:


  • Proporcionar espaços para o desenvolvimento de processos investigativos teórico-práticos na dimensão do planejamento e da avaliação, na interface com repertórios individuais e coletivos;

  • Fomentar compreensões de planejamento que estejam relacionadas com a prática de avaliação;

  • Instigar compreensões de planejamento na perspectiva da educação inclusiva;

  • Investigar instrumentos e possibilidades de avaliação no contexto da Matriz Curricular de Ensino de Araquari e do Sistema Municipal de Educação, com a perspectiva de uma organização didático-pedagógica que promova a garantia dos direitos de aprendizagem das crianças;

  • Ampliar o diálogo com os Profissionais do Magistério Público Municipal no sentido de subsidiar instrumentos normativos que orientem a Rede Municipal de Ensino em novas possibilidades e perspectivas avaliativas;

  • Motivar a relação e a cooperação entre os membros do Magistério Público Municipal de Araquari.



Abordagem teórico-metodológica:


Módulo 1 (04 horas): Intencionalidade do planejamento.

Relações entre planejamento e intencionalidade. Dimensões da recepção do planejamento e da construção de identidades na perspectiva da educação inclusiva. Experimentação de exercício de planejamento.


Módulo 2 (04 horas): Avaliação e ética.

Avaliação enquanto instrumento de reestruturação do planejamento. Formas de avaliar. Concepções de avaliação enquanto punição e avaliação enquanto possibilidade de construção de conhecimento.


Módulo 3 (04 horas): Expectativa versus realidade.

O caminho do planejamento: da idealização à sua execução. Satisfação e frustração decorrentes dos processos de ensinagem. Noções de repertório e seus rearranjos.


Módulo 4 (04 horas): Planejamento flexível.

Imprevisibilidade, sistemas vivos e metaestabilidade: flexibilidades do planejamento. Proposta de exercício prático.


Módulo 5 (04 horas): Registro do planejamento.

Possibilidades de documentação do planejamento. Planejamento, descrição e análise a posteriori.


Recursos utilizados: computador, aparelho de televisão, aparelho de som, papéis de cores e tamanhos diversos, lápis, canetas e marcadores diversos.


Público-alvo: Profissionais do Magistério Público Municipal de Araquari.


Participantes por turma: 15


Certificação: Os Certificados de participação desta Ação Formativa, com carga horária de 20 horas, serão emitidos pela Secretaria Municipal de Educação com reconhecimento do Conselho Municipal de Educação. Terá direito ao certificado o participante com frequência mínima de setenta e cinco por cento.


Referências:


ASSMANN, Hugo. Reencantar a educação: rumo à sociedade aprendente. 9. ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 2007.


COSTA, Marisa Vorraber; CAMOZZATO, Viviane Castro. Didática e experimentações nos modos de ensinar. In.: Currículo sem Fronteiras, v. 21, n. 1, p. 398-428, jan./abr. 2021. Disponível em: <http://www.curriculosemfronteiras.org/vol21iss1articles/costa-camozzato.pdf>. Acesso em: 14 jun. 2022.


CHUEIRI, Mary Stela Ferreira. Concepções sobre a Avaliação Escolar. In.: Estudos em Avaliação Educacional, v. 19, n. 39, jan./abr. 2008. Disponível em: <https://publicacoes.fcc.org.br/eae/article/view/2469>. Acesso em: 13 jun. 2022.


GAITAS, Sérgio; CARÊTO, Cátia. Educação inclusiva e as (insuperáveis?) fronteiras da organização escolar. In.: Currículo sem Fronteiras, v. 22: e1816, 2022. Disponível em: <http://www.curriculosemfronteiras.org/vol22articles/gaitas-careto.pdf>. Acesso em: 14 jun. 2022.


GANDIN, Danilo. A posição do planejamento participativo entre as ferramentas de intervenção na realidade. In.: Currículo sem Fronteiras, v.1, n.1, pp.81-95, Jan/Jun 2001. Disponível em: <https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/cedoc/detalhe/a-posicao-do-planejamento-participativo-entre-as-ferramentas-de-intervencao-na-realidade,b68e38df-074d-450f-bdca-92daefaa9ec2>. Acesso em: 14 jun. 2022.


IPHAN. Educação Patrimonial: inventários participativos: manual de aplicação / Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional ; texto, Sônia Regina Rampim Florêncio et al. – Brasília-DF, 2016. Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/inventariodopatrimonio_15x21web.pdf>. Acesso em 27 jun. 2022.


PACHECO, José Augusto. Avaliação da aprendizagem. In.: ALMEIDA, Leandro S.; TAVARES, José, org. Conhecer, aprender e avaliar. Porto : Porto Editora, 1998. ISBN 972-0-34724-4. p. 111-132. Disponível em: <https://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/8967>. Acesso em: 13 jun. 2022.


RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. Trad. Mônica Costa Netto. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2009.


THOMAZI, Áurea Regina Guimarães; ASINELLI, Thania Mara Teixeira. Prática docente: considerações sobre o planejamento das atividades pedagógicas. In.: Educar, Curitiba, n. 35, p. 181-195, 2009. Editora UFPR. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/er/a/Hf5wh9T3K7SGZNNRV4nwtLQ/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em: 06 jun. 2022.